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História

A conquista das Américas, assim foi como tudo aconteceu

A conquista da América é um tema muito estudado por historiadores e de certa forma um tanto controverso por ideias destoantes de como tudo realmente aconteceu. Segundo o historiador Carlos Fuentes a América foi muito desejada antes mesmo de a conhecerem. Depois de pisarem por primeira vez em solo americano, os conquistadores espanhóis já levavam consigo vinculadas ao seu imaginário e a sua bagagem cultural, suposições de como seria esse continente, quais seriam os métodos de acumular riquezas e como eles poderiam se fixar a essa nova terra. Neste artículo você encontrará ideias sobre esse período da colonização da América em mais um dos períodos da história humana, permeadas por dominações, massacres e imposições culturais.

O descobrimento

Em meados do século XV, Portugal tinha domínio quase que soberano sobre a circunavegação da África e com o comércio Indiano, a Espanha de Fernando e Isabel, depois de conhecer Cristóvão Colombo, um navegador Genovês que acreditava que a terra era redonda e que se seguissem em direção Oeste, chegariam na Ásia, decidiram financiar a sua inusitada e perigosa expedição. Mas mal sabiam eles que estavam para descobrir realmente um novo mundo e foi em 1488 com a permissão da expedição pelo reinado de espanhol que começaram a se preparar para embarcar nessa aventura. Quatro anos depois, em 1492, após trinta e três dias de viagem pelo atlântico, com uma tripulação sobre condições insalubres, Colombo finalmente chegou ao atual caribe, nas Bahamas.

Como foi a conquista da América

A conquista foi o período em que as terras foram invadidas e conquistadas pelas coroas europeias, usando ou não a força se houvesse resistência indígena. Nesta fase, os recursos naturais das regiões conquistadas começaram a ser explorados e nesse processo, os conquistadores encontraram forte resistência de civilizações locais, como os astecas e incas. A conquista deu origem a regimes coloniais muito poderosos, que resultaram na assimilação cultural da maioria das populações indígenas e em sua submissão às leis das potências conquistadoras. Vários povos americanos tentaram se opor à ocupação dos europeus, apesar de estarem em desvantagem do ponto de vista da tecnologia de guerra. As armas e técnicas de guerra espanholas eram mais avançadas que as indígenas porque os europeus sabiam fundir o metal, controlavam a pólvora e tinham cavalos e veículos de guerra. Os americanos, por outro lado, possuíam uma tecnologia lítica e careciam de animais de carga, apesar de serem superiores em número e conhecimento do território. Não obstante, o estabelecimento de alianças de capitães espanhóis com líderes nativos foi decisivo para equilibrar o número de combatentes.

Colonização da América

Após cerca de 30 ou 50 anos, existiam governos coloniais mais ou menos estabelecidos, que controlavam especialmente as áreas anteriormente dominadas pelos principais impérios americanos (outras áreas periféricas a eles demoravam mais para serem efetivamente dominadas). Os governos coloniais incorporaram a atividade produtiva das sociedades americanas no comércio mundial, para exportar minerais preciosos e produtos agrícolas americanos para a Europa. Com o tempo, o mercantilismo se desenvolveu, e depois o capitalismo. No entanto, o processo de gestão foi realizado por um mecanismo de concessões privadas que, devido à sua independência, não agradaram totalmente Felipe II. Em 1495, reis católicos baniram a escravidão dos nativos, mas a Inglaterra e outras potências impuseram sistemas de trabalho subservientes aos índios, e um regime escravo estendido (típico das civilizações americana, asiática, europeia e africana), que se alimentou do sequestro de pessoas na África e de sua transferência forçada para a América.

O que aconteceu com as culturas e civilizações americanas

O resultado final da conquista da América a partir do ponto de vista das civilizações ancestrais que ali viviam é aterrador. Com o tempo, as consequências da conquista espanhola da América foram debatidas e vários pontos de vista foram expressos, alguns deles são: o genocídio prolongado cometido pelas potências coloniais europeias e pelos estados americanos: a Cúpula dos Povos Indígenas da América considera que a conquista realizada por todas as potências europeias foi um genocídio físico e cultural e que esse massacre continuou com os estados americanos; o genocídio dos estados nacionais: no entanto, há pensadores que negam que as potências europeias tenham causado um genocídio indígena, mas, ao mesmo tempo, sustentam que alguns dos estados nacionais americanos independentes cometeram genocídios conquistando territórios indígenas.